quarta-feira, 30 de maio de 2007

Tax shelters


Enquanto o Zé Povinho se esfalfa para pagar o imposto, há quem trate de ganhar à conta do Erário. Ver tudo aqui. Em Portugal não há nada disto?

terça-feira, 29 de maio de 2007

O cavaleiro andante (1952)






Aqui vão as melhores capas do "Cavaleiro Andante" de 1952. Temos uns desenhos do Fernando Bento de perder a cabeça...

O direito à greve


Não compreendo o direito à greve da função pública ou privada, num país:
a) em que é impossível despedir por incompetência;
b) em que o trabalhador usa e abusa dos atestados médicos (com os problemas estatísticos de Portugal, em termos internacionais, um dos países mais doentes, logo a seguir aos africanos);
c) em que há um salário mínimo e contribuições obrigatórias para a Segurança Social;
d) em que os Tribunais decidem sempre a favor do trabalhador;
e) em que os trabalhadores dependentes não recebem apenas 12 vezes, mas, no mínimo 14, e às vezes, 17 ou mais.

A greve foi criada pelo Estado como uma reacção ao capitalismo (da revolução industrial) e à exploração exarcebada do empregador dos seus trabalhadores, mas hoje é usada contra o Estado, como forma de manter um conjunto de privilégios ou regalias, por vezes financeiramente incompreensíveis. A greve devia ser um instituto de reacção, mas não o é. A greve não quer nada de novo, quer manter o estado das coisas como eram. A greve não reclama, antes remete. A greve pára, sem que nada depois avance.

Chamem-me reaccionário, mas a greve não é comigo! Nem os atestados médicos...

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Jörg Immendorff (1945-2007) 4

Jörg Immendorff (1945-2007) 3

Jörg Immendorff (1945-2007): Society of Deficiency

Jörg Immendorff (1945-2007): Café Deutschland

Foguetão 7-13 (1961)







Foguetão 1-6 (1961)






Esta revista portuguesa de 1961 nasceu em Maio e desapareceu em Julho (teve treze números). Foi uma criação de Adolfo Simões Müller. As revistas tinham um formato "Berliner" e lembro-me muito bem de saboreá-las (repetidamente) em casa dos meus pais (onde estarão agora?). Tinham umas séries fantásticas e foi com esta que conheci os intrépidos "Blake & Mortimer" de Jacobs. Tudo aqui.

Cavaleiro Ardente


Culture Pub 5

Culture Pub 4

domingo, 27 de maio de 2007

Culture Pub 3

Culture Pub 2

Culture Pub 1

Recordar Serge Gainsburg


J'ai vu New York New York USA
J'ai vu New York
New York USA
Je n'avais rien vu d'au

Je n'avais rien vu d'aussi haut

Oh! C'est haut, c'est haut
New York
New York USA
J'ai vu New York New York USA
J'ai vu New York New York USA
Je n'avais rien vu d'au

Je n'avais rien vu d'aussi haut
Oh! C'est haut, c'est haut
New York
New York USA
Empire States Building oh! c'est haut
Rockfeller Center oh! c'est haut
Internationnal Building oh! c'est haut
Waldorf Astoria oh! c'est haut
Panamerican Building oh! c'est haut
Bank of Manhattan oh! c'est haut
J'ai vu New York New York USA
J'ai vu New York
New York USA
Je n'avais rien vu d'au
Je n'avais rien vu d'aussi haut
Oh! C'est haut, c'est haut
New York
New York USA
Time and life building oh! c'est haut

American hotel oh! c'est haut
CBS Building oh! c'est haut
RCA Building oh! c'est haut
First National City Bank oh! c'est haut

Sobre a tagarelice da língua portuguesa

Dizia já Heinrich Friedrich Link no século XIX que a língua portuguesa é uma língua de tagarelas. Quer isto significar que "pode falar-se muito sem se dizer nada. As conjunções pois e pois então sucedem-se constantemente, só lá estão para recuperar o fôlego, e quando alguém conta alguma coisa, está bom e está feito indicam o fim da frase. Os nobres e as pessoas mais humildes misturam constantemente estas e outras partículas expletivas na conversa, por vezes muito pouco a propósito. Perguntámos, por exemplo, a uma mulher se já estávamos no Algarve, quando de facto já tínhamos avançado bastante dentro daquela província. Ela respondeu: pois então, Algarve, está feito, está aqui. Evidentemente que todo este palavratório, com muitas fórmulas de cortesia à mistura, pode tornar-se muito incómodo numa conversa séria."

sábado, 26 de maio de 2007

Incompreensões 4


Leio uma carta de denúncia de evasão fiscal e tento analisar a mesquinhez portuguesa:

"Exmo. Senhor Inspector,

A minha vizinha chama-se M... e, desde há algum tempo que tenho vindo a notar que a sua corda da roupa está sempre cheia - dia e noite. Ora, como as roupas estão sempre a mudar, só posso depreender que a dita M... lava roupa para fora e não declara rendimentos devidamente.

Cumprimentos,
T..."

Comentários para quê...

Incompreensões 3

Não consigo perceber qual a utilidade das despesas militares que, principescamente, o Estado português vai realizando. Ora, de acordo com a consulta de alguns contratos:
a) um míssil baratinho custa um milhão de euros;
b) o prazo de validade do referido projectil é de 20 anos;
c) é possível prolongar a vida do míssil mudando o combustível periodicamente.
Sabendo que a probalidade de os usarmos é nula, porque insistimos em comprar dez mísseis por ano?
Ademais, acrescente-se que da última vez que lançaram mísseis (em fim de prazo) em testes, para além de todos terem falhado o alvo, houve um deles que nunca foi detectado onde explodiu... Isto é grave!

Star Wars



A voz de James Earl Jones, numa cena memorável!...

Incompreensões 2


São 11 os candidatos para a Câmara Municipal de Lisboa. Será a democracia a funcionar ou a confusão instalada? Entretanto, a cidade sofre...

Incompreensões 1


A ausência desta semana deveu-se a motivos profissionais. No entanto, tenho de desabafar que estou cada vez mais descrente da política portuguesa. De facto, as promessas dos cortes da Administração Pública estão a desvanecer-se. Na realidade, só agora percebi que se corta em quem mais precisa e que a inutilidade permanece incólume, criando-se espaço para a concretização de projectos inúteis e megalómanos.

Não precisarei pormenores, mas durante esta semana discutiu-se, a "altas instâncias", a cobertura do défice de determinadas empresas (ainda) públicas. Chegou-se a aventar a possibilidade de criar novos impostos, com a consignação devida. Mas pergunto-me, seriamente, se o fecho das ditas empresas (perdão, "empresários" e administrações) não seria menos oneroso para os contribuintes.

Assim não dá - daqui a pouco pedem a cabeça do exactor numa bandeja (gulps!).

Jamais...


Sim, Charlotte, o Governo fala francês. No Verão, se Deus quiser, atravessarei o Rio Tejo e terei de apanhar o carro de bois para chegar ao "Allgarve".

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Big Sur, CA





"...this poor haunted canyon which again gives me the willies as we walk under the bridge and come to those heartless breakers busting in on sand higher than earth and looking like the heartlessness of wisdom --Besides I suddenly notice as if for the first time the awful way the leaves of the canyon that have managed to be blown to the surf are all hesitantly advancing in gusts of wind then finally plunging into the surf, to be dispersed and belted and melted and taken off to sea --I turn around and notice how the wind is just harrying them off trees and into the sea, just hurrying them as it were to death --In my condition they look human trembling to that brink --Hastening, hastening ---In that awful huge roar blast of autumn Sur wind." (Kerouac, Big Sur)

domingo, 20 de maio de 2007

A propósito da BD...

... lembro-me dos célebres episódios da vida de Stuart Carvalhais. Há uns largos anos, um familiar contou-me que, certa vez, encontrou o Stuart na Brasileira. Estavam em conversa, até que, a certa altura, chega um amigo do meu Tio. Meu Tio, em jeito de apresentação refere: "meu caro Stuart, aqui lhe apresento o Senhor Couto Rosado". Ao que Stuart, sempre irónico responde: "Irra, que esse couto conheço-o muito bem"!
Ordinarices àparte, ainda hoje acordo à noite a rir deste episódio caricato...

A palavra visualizada na BD



As personagens na BD falam através daquilo que chamamos os balões (os italianos chamam-no de fumetti). Esta forma de diálogo remonta aos frescos mortuários egípcios e não é exclusiva da BD. Actualmente, os balões nada mais representam que a ideogramaticalidade da livre expressão animada...

Roy Lichtenstein 3

Roy Lichtenstein 2

Roy Lichtenstein 1

The District



Vale a pena! Filme de animação húngaro premiado em 2004.

Os primórdios dos Comics





Rodolphe Töpffer (1799 - 1846) é o percursor do "comics". Muito interessante será consultar uma das primeiras obras aqui.

Hergé e a experiência do cinema 2

Hergé e a experiência do cinema

Pensa Spielberg que vai fazer algo de novo. Antevejo o pior...

quinta-feira, 17 de maio de 2007

Segredos matinais



Ao ler isto, cada vez mais me apetece voltar aos meus velhos hábitos matinais de prática hípica. A vida actualmente não me deixa grande margem de manobra, por outras razões, mas bem que me fazia falta uma actividade que me servisse de escape à intelectualidade, cada vez mais exigente (sim, Charlotte, também tenho as minhas minas).

Que bom que era acordar de madrugada, vestir-me a preceito, calçar as botas de montar, com esporas de estrela, e entrar numa cavalariça, com os animais já espertos, mesmo no meio de Lisboa. Os hábitos tornavam-se rotineiros e a chegada ao picadeiro para "desenrolar" o cavalo demorava cerca de 20 minutos. As voltas no picadeiro repetiam-se durante mais de 40 minutos, sempre com o cumprimento de um conjunto de preceitos sagrados à mistura. Enquanto dava a minha volta matinal, solitária, lembrava a escola de Baucher e repetia o que Manoel Carlos de Andrade nos ensinou na "Luz da Liberal e Nobre Arte da Cavalaria". Com o bom tempo, chegava a possibilidade de, ao fim-de-semana dar uns saltos no campo de obstáculos exterior, com as quedas a tornarem-se usuais.

A equitação é, mais que um exercício físico, uma prova mental! Vou voltar em breve a esta prática... mas em segredo!

Fran Jeffries



Ainda hoje trauteio esta música no banho!

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Say the film or pay the "forfait"



Impróprio para menores de 18 anos, mas com uma Eva Green de perder a cabeça...

A classe política superlativa



Sim, já estou a ver o confrade Combustões a arrasar a deputação portuguesa. Bem haja!

terça-feira, 15 de maio de 2007

O paradoxo do Deus ateu

Ao ler, deliciado, o último pensamento (emprestado) da nossa Charlotte, penso que, como católico que sou, só através de experimentações místicas é que conseguimos compreender a nossa existência, precária e efémera. E como estas experimentações têm um limite que só Deus consegue transcender através da imortalidade (que apenas Heróstrato terá conseguido, queimando o Templo de Diana em Éfeso), resta-nos aceitar a nossa finitude e remetê-la para o mistério de uma religião, que esconde o que não conseguimos alcançar.

Já Einstein dizia: "The most beautiful and most profound experience is the sensation of the mystical. It is the sower of all true science. He to whom this emotion is a stranger, who can no longer wonder and stand rapt in awe, is as good as dead. To know that what is impenetrable to us really exists, manifesting itself as the highest wisdom and the most radiant beauty which our dull faculties can comprehend only in their primitive forms - this knowledge, this feeling is at the center of true religiousness".

Aqui vai uma pergunta para o despertar de Charlotte: não encerrará a religião a consciência da falta de imortalidade do ser humano?