segunda-feira, 19 de fevereiro de 2007

Revolução Francesa




Eric Rohmer, num filme genial, um verdadeiro diamante da sétima arte, com uma Lucy Russel e uns cenários de perder a respiração. E se vem num DVD com o making-off, é seguro que se trata de um serão bem passado.

5 comentários:

Pedro Botelho disse...

É apenas "making", se me perdoa o atrevimento. Já o "making of de alguma coisa" é uma mania portuguesa que não faz sentido. E "making off" foi o que o rei tentou sem sucesso na jornada de Varennes.

O Exactor disse...

Obrigado, tem razão linguisticamente falando! Terei em conta a sugestão!

Pedro Botelho disse...

E concordo inteiramente consigo no que diz respeito ao filme. Para mais, uma excelente recriação histórica, até na linguagem e na expressão corporal que pode ter intrigado muita gente, mas que estou em crer transmite melhor o lugar e a época do que qualquer outro filme que eu tenha visto.

Je maintiendrai disse...

Boa história, bela atriz, bonitos interiores, interessantes composições cénicas em computador, mas um insuportavelmente teatral Dreyfus. Rohmer não é Corneille...

Pedro Botelho disse...

«insuportavelmente teatral Dreyfus»

Não concordo nada! A afectação é imensa mas não é nada teatral: é real, transporta toda a verosimilhança de uma época. Não podemos saber ao certo como eram os maneirismos, do mesmo modo que não podemos conhecer ao certo os sons da antiga língua egípcia, mas podemos perfeitamente fazer educated guesses num caso como no outro. E nenhum outro filme me transmitiu de modo mais convincente a atmosfera da época. Ouvi até gente dizer que o Dreyfus exibia imensos «maneirismos homosexuais», sem acreditar que devia ser mesmo assim. E para mais seria difícil arranjar perfil mais bourbónico:

Philippe Egalité (rosto)

Philippe Egalité (corpo)