quinta-feira, 15 de março de 2007

"Meu querido João...


Obrigado pela tua carta que recebo à chegada de Lisboa aonde fui, como te disse, aos concursos de esgrima e hípico. A nossa campanha está principiada e parece-me que bastante bem, nesta fase mais séria que lhe deram, sem que nós a provocássemos. Precisamos muita calma e muito sangue-frio, mas sem nunca afrouxar da nossa firmeza, desde que a questão entrou de forma lamentável de alteração de ordem pública. Desde que tenhamos a razão do nosso lado, podemos ir até aonde o nosso dever de o indicar, porque infelizmente o número dos que têm a perder ainda é maior, e a esses, damos e daremos garantias de bem servir o País. Devemos prosseguir o nosso caminho, doa a quem doer, e nesse caminho sempre me encontrarás ao teu lado e ao dos teus colegas, por maiores que sejam os sacrifícios que eu tenha de fazer. Devo-os ao meu País, devo-os àqueles que com tanta dedicação o querem servir. (...)" (23-06-1907)

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