quarta-feira, 9 de maio de 2007

O risco agravado dos cargos públicos


Em 1978, o antigo primeiro-ministro italiano Aldo Moro, raptado há 54 dias pelas Brigadas Vermelhas, era encontrado morto dentro de um automóvel, no centro de Roma. Um sinal evidente de que as Brigadas Vermelhas de Mario Moretti não estavam a brincar, perante a política estadual de não negociação, foi precisamente esta entrega, muito à italiana.

A representação política, ao contrário do que se faz crer, gera uma exposição pública exacerbada, que gera mais externalidades negativas que positivas. Será ingénuo aquele que pensa que a morte de um titular de cargos públicos é uma realidade a afastar, mesmo na realidade portuguesa. A história portuguesa tem identificado que, mesmo dos brandos costumes, por vezes emerge uma brutalidade rara. Veja-se as defenestrações na Restauração (século XVII) e o assassinato do Rei D. Carlos e do Princípe Real, na Rua do Arsenal (século XX).

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