Olissipografia 36
Desta o Je Maintiendrai talvez goste.
Este era o palácio dos Marqueses de Alegrete. Entre os sucessivos proprietários do palácio contam-se figuras ilustres. O palácio ocupava uma área sensivelmente rectangular e tinha duas fachadas idênticas, sul e norte, respectivamente sobre o Largo Silva e Albuquerque e sobre a rua que separava o palácio das hortas do vale que se chamava Rua Martim Moniz. A terceira frente, onde estava a entrada principal, era voltada para o nascente, sobre a Rua da Mouraria; a quarta frente, a ocidental, parece que não tinha vãos abertos e ficava encostada a outro prédio que foi demolido por volta de 1936.
Todos os portais ostentavam frontões, ao centro dos quais ficavam as pedras de armas da Casa Teles da Silva, mas só a do portal da entrada principal durou até à demolição do palácio.
O palácio ficou bastante arruinado pelo terramoto de 1755, e foi reconstruído parcialmente depois deste cataclismo, não com a sumptuosidade que havia tido, mas adaptado a prédio de rendimento, tendo sido utilizado para estabelecimentos comerciais e industriais (refinação de açúcar, depósito de cereais, animatógrafo) e inquilinos vários. A Câmara Municipal de Lisboa, carecendo do terreno do palácio para melhorar a circulação pública naquele sítio, iniciou, no início dos anos trinta do século passado, negogiações para a sua aquisição e posterior demolição, o que veio a acontecer em 1946.
A incorporação da Rua Martim Moniz, o Largo Silva e Albuquerque, e um pequeno troço da Rua da Mouraria deu lugar ao largo que hoje conhecemos como...
Este era o palácio dos Marqueses de Alegrete. Entre os sucessivos proprietários do palácio contam-se figuras ilustres. O palácio ocupava uma área sensivelmente rectangular e tinha duas fachadas idênticas, sul e norte, respectivamente sobre o Largo Silva e Albuquerque e sobre a rua que separava o palácio das hortas do vale que se chamava Rua Martim Moniz. A terceira frente, onde estava a entrada principal, era voltada para o nascente, sobre a Rua da Mouraria; a quarta frente, a ocidental, parece que não tinha vãos abertos e ficava encostada a outro prédio que foi demolido por volta de 1936.
Todos os portais ostentavam frontões, ao centro dos quais ficavam as pedras de armas da Casa Teles da Silva, mas só a do portal da entrada principal durou até à demolição do palácio.
O palácio ficou bastante arruinado pelo terramoto de 1755, e foi reconstruído parcialmente depois deste cataclismo, não com a sumptuosidade que havia tido, mas adaptado a prédio de rendimento, tendo sido utilizado para estabelecimentos comerciais e industriais (refinação de açúcar, depósito de cereais, animatógrafo) e inquilinos vários. A Câmara Municipal de Lisboa, carecendo do terreno do palácio para melhorar a circulação pública naquele sítio, iniciou, no início dos anos trinta do século passado, negogiações para a sua aquisição e posterior demolição, o que veio a acontecer em 1946.
A incorporação da Rua Martim Moniz, o Largo Silva e Albuquerque, e um pequeno troço da Rua da Mouraria deu lugar ao largo que hoje conhecemos como...
2 comentários:
Ora muitas graças a V.Mercê. Esta, por acaso, já foi debatida pelo confrade da Bic. Resta confirmar uma coisa: será que é este o pórtico que, re-aproveitado, está ali ao Bairro Alto, defronte da entrada do Conservatório? Um destes dias vou lá espreitar...
Martim Moniz. As demolições sucessivas da zona baixa da Mouraria deram no sabemos.
Gostei de ler a descrição que faz deste palácio que ao fim, como tantos outros em Lisboa, deu em pardieiro. O nosso confrade refere que já rondei a zona. Caso não o saiba ainda cá lhe deixo as referências:
O velho Palácio do Alegrete;
Canos da Mouraria;
Ora aí temos o Arco;
Ai Mouraria;
Este seu interessante verbete teve ainda o condão de me alertar para o estado de abandono em que o arquivo do Bic Laranja anda. Em tudo a fazer lembra este palácio do Marquês do Alegrete.
Obrigado!
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