quinta-feira, 27 de março de 2008
BD recente 2
Este sim, vem demonstrar que Yves Sente (n. 1964), que também desenha Blake & Mortimer (ver post anterior) ainda vai ser (ou já é) um nome de referência na BD belga. Com o argumento de Boucq (n. 1955, conhecido da série Bouncer), temos livro: com boa história (em torno das intrigas do Vaticano) e um desenho magistral...
à(s) 01:37 0 comentários
BD recente 1
Li a nova aventura dos heróis Blake & Mortimer. Tenho de confessar que a série sem E.P. Jacobs não é a mesma. A história é incipiente e maximiza demais a intervenção feminina (que com Jacobs era nula). A solução da procura do continente de Gondwana está demasiado colada a Atlântida e, para isso, já temos o "Enigma da Atlântida" da série Jacobs e o magistral "Mû" de Hugo Pratt.
à(s) 01:32 1 comentários
segunda-feira, 24 de março de 2008
Blackboard jungle
Tenho de concordar com o confrade Jansenista. Sem querer desculpabilizar alguém, as imagens difundidas do confronto na escola do Porto, representam aquilo que sempre houve na sala de aula, sempre que há professores que, desde o início "querem ser nossos amigos".
Também, no meu tempo (mais recente), tive colegas "selvagens e radicais" dispostos a fazer dos professores "trinta-por-uma-linha".
Andei no Liceu Pedro Nunes e, num episódio entre muitos, um desses colegas entrou na aula com uma navalha na mão e apontou-a à Professora que estava a leccionar. Foi a risada geral quando, a dita docente (pouco talhada para o assunto, claro) perguntou ao dito colega durão que nota queria e que estaria dispensado de assistir às aulas. Assim foi: o colega teve uns honrosos 18 valores sem pôr os pés nas aulas e a dita Professora teve, muito pouco tempo depois, um esgotamento nervoso...
Outra vez, e como as salas de aula do Liceu Pedro Nunes têm janelas para o corredor, durante toda a tarde, um dos nossos colegas, daqueles também "durões", resolveu entreter as sessões que estavam a decorrer fingindo que nadava no vazio, de um lado para o outro do corredor. Foi de facto um fartote para quem assistia, silenciosamente! Resultado: há dias visitei esse colega no Estabelecimento Prisional de Caxias, por outras razões.
Meus caros: alunos malcomportados e professores "moles" sempre houve. Eu cá, por mim, vi sempre isso como falta de vocação de parte a parte: falta de vocação para ensinar e falta de vocação para aprender (ou lá o que isso seja!). Eu acredito na cultura de auto-responsabilização e de verdade: as aulas dão-se para quem está disposto a aprender, ponderados os limites da capacidade do docente atrair quem ouve. Não se trata de tarefa fácil e só se atinge com vocação e persistência. Felizmente que, apesar destes episódios pontuais, tive bons Professores...
PS - Aquele "alarve" que filma o confronto entre a docente e a aluna também merecia um bom par de "tabefes à antiga" dos pais...
Também, no meu tempo (mais recente), tive colegas "selvagens e radicais" dispostos a fazer dos professores "trinta-por-uma-linha".
Andei no Liceu Pedro Nunes e, num episódio entre muitos, um desses colegas entrou na aula com uma navalha na mão e apontou-a à Professora que estava a leccionar. Foi a risada geral quando, a dita docente (pouco talhada para o assunto, claro) perguntou ao dito colega durão que nota queria e que estaria dispensado de assistir às aulas. Assim foi: o colega teve uns honrosos 18 valores sem pôr os pés nas aulas e a dita Professora teve, muito pouco tempo depois, um esgotamento nervoso...
Outra vez, e como as salas de aula do Liceu Pedro Nunes têm janelas para o corredor, durante toda a tarde, um dos nossos colegas, daqueles também "durões", resolveu entreter as sessões que estavam a decorrer fingindo que nadava no vazio, de um lado para o outro do corredor. Foi de facto um fartote para quem assistia, silenciosamente! Resultado: há dias visitei esse colega no Estabelecimento Prisional de Caxias, por outras razões.
Meus caros: alunos malcomportados e professores "moles" sempre houve. Eu cá, por mim, vi sempre isso como falta de vocação de parte a parte: falta de vocação para ensinar e falta de vocação para aprender (ou lá o que isso seja!). Eu acredito na cultura de auto-responsabilização e de verdade: as aulas dão-se para quem está disposto a aprender, ponderados os limites da capacidade do docente atrair quem ouve. Não se trata de tarefa fácil e só se atinge com vocação e persistência. Felizmente que, apesar destes episódios pontuais, tive bons Professores...
PS - Aquele "alarve" que filma o confronto entre a docente e a aluna também merecia um bom par de "tabefes à antiga" dos pais...
à(s) 21:24 0 comentários
domingo, 9 de março de 2008
Ainda o recreio blogoesférico
Em complemento ao que nos diz a confrade Charlotte, tenho assistido ao longo dos anos a algo que no mundo não blogoesférico tem vindo a desaparecer: as tertúlias. As tertúlias actualmente são uma feira de vaidades, onde não se discutem ideias mas sim ostentam-se sucessos, se mostram galhardetes. Aqui não: pomos de lado todas as caricas mundandas e reflectimos/debatemos verdadeiramente, por vezes com silêncios e desfasamentos temporais não queridos. Essa reflexão tem-me permitido evoluir, sem necessidade de apresentar nomes, invocar amizades ou contactos. Não será por isso que procuro aqueles que com quem mais me identifico? Se fazia isso no recreio da primária, porque não usar esse critério na blogoesfera?
à(s) 19:34 2 comentários
Repto do Réprobo
Pede-me o caro Réprobo seis insignificâncias. Aqui vão:
1. Sou noctívago - um bom livro é capaz de prender uma noite inteira. Quando isso não aconteça, mesmo que tenha algum compromisso pela manhã, nada me leva para o quarto antes das duas da manhã.
2. Sou falador (demasiado) - quem me conhece sabe que quando começo a falar, sou imparável. A ponto de os amigos mais próximos, diplomaticamente, arranjarem pretexto para abreviar as minhas histórias intermináveis.
3. Não gosto de estrear roupas - deixo-as no meu armário pelo menos 3 meses a contar da compra, antes de as usar pela primeira vez.
4. O meu relógio está sempre 5 minutos atrasado - sei que faço um esforço por emendar o meu atraso aos encontros - não obstante, dizem-me que há um reverso disto: nunca falto ao combinado. Tenho aprendido que este atraso se perde quando dominar a rotina - assim o espero... estou a trabalhar para isso.
5. Se não escrevo, esqueço-me no minuto seguinte, daí andar sempre com um bloco de notas.
6. Quando entro numa sala para leccionar e esta tem duas portas, escolho sempre a direita. Sempre...
Os ares do Índico inspirarão o caro Jansenista para responder a este meu repto das seis insignificâncias...
2. Sou falador (demasiado) - quem me conhece sabe que quando começo a falar, sou imparável. A ponto de os amigos mais próximos, diplomaticamente, arranjarem pretexto para abreviar as minhas histórias intermináveis.
3. Não gosto de estrear roupas - deixo-as no meu armário pelo menos 3 meses a contar da compra, antes de as usar pela primeira vez.
4. O meu relógio está sempre 5 minutos atrasado - sei que faço um esforço por emendar o meu atraso aos encontros - não obstante, dizem-me que há um reverso disto: nunca falto ao combinado. Tenho aprendido que este atraso se perde quando dominar a rotina - assim o espero... estou a trabalhar para isso.
5. Se não escrevo, esqueço-me no minuto seguinte, daí andar sempre com um bloco de notas.
6. Quando entro numa sala para leccionar e esta tem duas portas, escolho sempre a direita. Sempre...
Os ares do Índico inspirarão o caro Jansenista para responder a este meu repto das seis insignificâncias...
à(s) 19:12 1 comentários
sexta-feira, 7 de março de 2008
Notícias da Matinha
Este acampamento perto da Matinha não me tem permitido escrever aqui muito. No entanto, cá estamos e vamos andando!
Uma incursão recente com amigos a um estabelecimento nocturno (vulgo "bôite") da moda lisboeta, fez-me lembrar os divertimentos que os meus avós passaram naqueles bailaricos em família (que acabavam perto das onze). Certa vez, um tio meu foi convidado para um bailarico fora de Lisboa e, como sempre levou fatiota a rigor. Quando lá chegou, um dos seus amigos pediu-lhe emprestadas as calças, porque eram do seu tamanho. O altruísmo saíu-lhe caro - recebeu em troca umas calças com uma cintura muito larga e, em consequência, teve de permanecer toda a noite com as mãos na cintura para não deixar cair e ficar impróprio perante tantas senhoras. Nessa noite ficou conhecido como o "aleijadinho" - de acordo com uma das convivas, aquele "jeito" de mãos, de vez em quando mais brusco, fazia detectar uma presumida deficiência...
Aquele pensamento fez-me regressar ao local de entretenimento e pus-me a olhar para uma centena de convivas a abanarem-se no escuro - seriam "aleijadinhos"?
Uma incursão recente com amigos a um estabelecimento nocturno (vulgo "bôite") da moda lisboeta, fez-me lembrar os divertimentos que os meus avós passaram naqueles bailaricos em família (que acabavam perto das onze). Certa vez, um tio meu foi convidado para um bailarico fora de Lisboa e, como sempre levou fatiota a rigor. Quando lá chegou, um dos seus amigos pediu-lhe emprestadas as calças, porque eram do seu tamanho. O altruísmo saíu-lhe caro - recebeu em troca umas calças com uma cintura muito larga e, em consequência, teve de permanecer toda a noite com as mãos na cintura para não deixar cair e ficar impróprio perante tantas senhoras. Nessa noite ficou conhecido como o "aleijadinho" - de acordo com uma das convivas, aquele "jeito" de mãos, de vez em quando mais brusco, fazia detectar uma presumida deficiência...
Aquele pensamento fez-me regressar ao local de entretenimento e pus-me a olhar para uma centena de convivas a abanarem-se no escuro - seriam "aleijadinhos"?
à(s) 00:45 2 comentários
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