A alma dos animais
Ainda a propósito da discussão dos animais adequados às nações, um confrade sugere Voltaire, para ajudar.
E leio, com atenção uma das passagens, que afirma: "Mais les maîtres de l'école demandent ce que c'est que l'âme des bêtes. Je n'entends pas cette question. Un arbre a la faculté de recevoir dans ses fibres sa sève qui circule, de déployer les boutons de ses feuilles et de ses fruits; me demanderez-vous ce que c'est que l'âme de cet arbre ? Il a reçu ces dons; l'animal a reçu ceux du sentiment, de la mémoire, d'un certain nombre d'idées. Qui a fait tous ces dons ? Qui a donné toutes ces facultés ? Celui qui a fait croître l'herbe des champs, et qui fait graviter la terre vers le soleil." [Dictionnaire philosophique (1764), entrada "Animais"].
E leio, com atenção uma das passagens, que afirma: "Mais les maîtres de l'école demandent ce que c'est que l'âme des bêtes. Je n'entends pas cette question. Un arbre a la faculté de recevoir dans ses fibres sa sève qui circule, de déployer les boutons de ses feuilles et de ses fruits; me demanderez-vous ce que c'est que l'âme de cet arbre ? Il a reçu ces dons; l'animal a reçu ceux du sentiment, de la mémoire, d'un certain nombre d'idées. Qui a fait tous ces dons ? Qui a donné toutes ces facultés ? Celui qui a fait croître l'herbe des champs, et qui fait graviter la terre vers le soleil." [Dictionnaire philosophique (1764), entrada "Animais"].
Será o problema das nações um problema de alma, à semelhança daquele com que se deparam os animais? Se assim o for, poderíamos dizer os franceses teriam excesso de alma. Mas não é o que Spiegelman quer-nos dizer...
8 comentários:
Provavelmente não. As nações como as capoeiras, os redis ou os currais, são desalmadas, embora produzam comportamentos e até cultura: uma formiga tem mais alma que a China. O formigueiro humano global já poderá talvez ser outra conversa. Não faço ideia. Se as antecipações «noosféricas» teilhardianas se revelarem correctas, a internet pode ser um passo. Mas estou em crer que isso requer algum estágio suficientemente longínquo de indefinição quântica macroscópica inconcebível para as nossas ainda parvas mentes. Talvez no dia em que se possa dizer que o próprio colectivo mental (humano? tecnológico? pós-humano? espiritual?) passou de verdade a existir e se transformou num, digamos, condensado de Bose planetário. Mas, a ser, é capaz de não ser nos próximos quinze dias...
Vá lá, ao menos não é sebastianista e kabbalista como o outro...
O problema do sebastianismo é, logo à partida, o da escala. O da cabala é mais a paciência que é preciso ter...
De Bose-Einstein.
(Greg Bear, Pedro?)
O Bose era muito, muito lato: queria dizer «entanglement e processo»; em cristão teilhardiano (que não é o meu dialecto) acho que se diria «caridade e convergência». Quanto ao Bear, não conheço muito bem, mas gosto muito do sogro. E vinha tudo isto a propósito das nações desalmadas (a não confundir com les moeurs et l'esprit): "Today we wield both kind of uncleftish doings in weapons, and kernelish splitting gives us heat and bernstoneness. We hope to do likewise with togethermelting, which would yield an unhemmed wellspring of work for mankindish goodgain. Soothly we live in mighty years!"
Isso cheira-me a Poul Anderson :D
As escolhas na área da BD, patentes neste blog, também não são nada más.
Falta o Life Eaters com argumento do David Brin. E muito Alan Moore...
São cerejas, senhor.
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