Olissipografia 30: o mistério do Palácio dos Porto Covo
Este Palácio na Rua de S. Domingos à Lapa encerra uma história curiosa. Jacinto Fernandes Bandeira edificou este edifício e deixou uma larga fortuna ao seu sobrinho Joaquim da Costa Bandeira. Este (que assumiu lugares públicos de relevância), aconselhado por amigos, abriu um banco e investiu perto daquele "portento económico" que chamamos de Sines, o que representou, como me parece evidente, a ruína da fortuna, em poucos anos. O processo de insolvência foi tão complicado e moroso, mas o credor preferencial estava há muito identificado: a Coroa Inglesa. Daí o dito edifício ter passado a ser ocupado pela embaixada inglesa, em finais do século XIX e durante quase todo o século seguinte. Bem, nem todo o edificio foi ocupado, porquanto a capela adjacente (hoje em muito mau estado de conservação, ainda ocupada por um clube desportivo católico - o Centro Desportivo Católico de Portugal - desde os anos 40) foi cedida ao Patriarcado português, por motivos religiosos.
Conta-se, contudo, que o palácio está assombrado e que ainda é habitado pelos (corpos, na capela adjacente, e almas) dos dois barões: o 1.º que procura seu sobrinho, o 2.º que foge de seu tio, com medo que sejam prestadas as contas pela ruína tão célere. Costuma dizer-se que as grandes fortunas apenas duram três gerações: a primeira para construí-la, a segunda para usufrui-la, a terceira para estourá-la. Terá sido este o caso?
Convém referir que a Lapa está cheia destes exemplos: veja-se a fortuna da família cujo patriarca habitou, até ao seu falecimento, uma imponente habitação na Rua do Sacramento, à Lapa... Que é feito da dita fortuna? Será que a Fundação entretanto a preservou? Não creio...
Conta-se, contudo, que o palácio está assombrado e que ainda é habitado pelos (corpos, na capela adjacente, e almas) dos dois barões: o 1.º que procura seu sobrinho, o 2.º que foge de seu tio, com medo que sejam prestadas as contas pela ruína tão célere. Costuma dizer-se que as grandes fortunas apenas duram três gerações: a primeira para construí-la, a segunda para usufrui-la, a terceira para estourá-la. Terá sido este o caso?
Convém referir que a Lapa está cheia destes exemplos: veja-se a fortuna da família cujo patriarca habitou, até ao seu falecimento, uma imponente habitação na Rua do Sacramento, à Lapa... Que é feito da dita fortuna? Será que a Fundação entretanto a preservou? Não creio...
1 comentário:
boa tarde. estou neste momento a desnvolver uma tese sobre o tema do palacio de porto covo. fiquei intrigada pelo que conta e gostaria de saber se seria possivel trocarmos informaçoes sobre o assunto. obrigada
mmcsb
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