Olissipografia 33
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-GnhHyTF8NSvrc5ATp2U-Nk750gE5ptQ8OzLTcpiZZKav0eNmLan4hdBMfypPw3mK0G3IYCW8MoT7jXkFRQ33Wo7izPU1iE8gYUHb4kYaz20AU0PYRl4k2lBIDK-or8h9eqBfnsSuFSvu/s400/A14450.jpg)
"Então começou a minha vida de milionário. Deixei bem depressa a casa de Madame Marques - que, desde que me sabia rico, me tratava todos os dias a arroz-doce, e ela mesma me servia, com o seu vestido de seda dos domingos. Comprei, habitei o palacete amarelo, ao Loreto: as magnificências da minha instalação são bem conhecidas pelas gravuras indiscretas da «Ilustração Francesa». Tornou-se famoso na Europa o meu leito, de um gosto exuberante e bárbaro, com a barra recoberta de lâminas de ouro lavrado, e cortinados de um raro brocado negro onde ondeiam, bordados a pérolas, versos eróticos de Catulo; uma lâmpada, suspensa no interior, derrama ali a claridade láctea e amorosa de um luar de Verão." (In Eça de Queiroz, O Mandarim)
3 comentários:
Boa, boa! E que mal tratado está... A única coisa que interessa lá dentro é o atelier do Guilherme parente.
Alguns ornamentos da intelectualidade lisboeta casaram no Palácio...
Presume-se que no estaminé da Conservadora e não na capela dos Valada e dos Azambuja...
Enviar um comentário