domingo, 16 de setembro de 2007

Riley RME (1953)


Ao ler isto, lembro-me de um episódio passado com o meu avô, nos anos cinquenta. Tinha acabado de comprar um Riley RME, novinho em folha e preparava-se para dar o passeio de estreia com a família (como tenho saudades daqueles passeios de estreia!). Antes de apanhar a miudagem em casa, parou na "Aloma" em Campo de Ourique, que, para quem não conhece, é numa esquina da Francisco Metrass. No momento da paragem, ouviu uma travagem de um veículo que se preparava para fazer a curva. A travagem não foi a tempo e o carro embateu na traseira do novíssimo Riley. O enorme estardalhaço e o fumo do capôt do carro traseiro fazia antever o pior para o meu avô. Mas, contrariamente ao esperado, o carro que veio embater ficou com o capôt destruído, mas o Riley permaneceu incólume - tudo porque o pára-choques traseiro era reforçado. Comentário do condutor do veículo amachucado: "Este pára-choques devia ser proibido". Talvez, nos dias de hoje, mas outrora...

2 comentários:

Bic Laranja disse...

Ah! Ah! Boa história.
Cumpts.

Luís Bonifácio disse...

O facto de hoje, a "Chapa" deformar muito mais devido aos choques que antigamente não é um problema de qualidade, mas sim um meio de aumentar a segurança dos passageiros.

Se o Riley do seu avô sofresse um embate forte, a energia dele seria dissipada pelas partes com maior mobilidade do Carro - os passageiros.

Hoje em dia os carros são desenhados de maneira a se deformarem num embate, absorvendo assim a maior parte da energia do choque, diminuindo a energia do choque sobre os passageiros. Os elementos de segurança passiva contribuem para o resto.