domingo, 9 de dezembro de 2007

Na Baixa: recordações olissipográficas


Também tenho um recanto obscuro na Baixa, onde remexo nos papéis de quando em vez. O gabinete é exíguo e não tem janela, e, outrora, tinha sido a sala da fotocopiadora. A partilha familiar intergeracional fez-me o último da cadeia a usufruir deste privilégio - ter um gabinete próprio num escritório de advogados de tios. Soube, na passada semana, que o andar vai ser vendido por uns "patacos" a um especulador ibérico, o que evidencia que não poderei transmitir o espaço a uma geração vindoura. Os papéis e processos continuarão, contudo, pendentes...

A Baixa está muito abandonada, é um facto. Nem as iluminações são tão feéricas como aquelas que eu e as minhas irmãs nos deliciávamos quando pedíamos ao pai para desviar o passeio domingueiro para aquelas redondezas, sempre que as tardes de Dezembro escureciam prematuramente.

Sem comentários: