Na Baixa: recordações olissipográficas
Também tenho um recanto obscuro na Baixa, onde remexo nos papéis de quando em vez. O gabinete é exíguo e não tem janela, e, outrora, tinha sido a sala da fotocopiadora. A partilha familiar intergeracional fez-me o último da cadeia a usufruir deste privilégio - ter um gabinete próprio num escritório de advogados de tios. Soube, na passada semana, que o andar vai ser vendido por uns "patacos" a um especulador ibérico, o que evidencia que não poderei transmitir o espaço a uma geração vindoura. Os papéis e processos continuarão, contudo, pendentes...
A Baixa está muito abandonada, é um facto. Nem as iluminações são tão feéricas como aquelas que eu e as minhas irmãs nos deliciávamos quando pedíamos ao pai para desviar o passeio domingueiro para aquelas redondezas, sempre que as tardes de Dezembro escureciam prematuramente.
A Baixa está muito abandonada, é um facto. Nem as iluminações são tão feéricas como aquelas que eu e as minhas irmãs nos deliciávamos quando pedíamos ao pai para desviar o passeio domingueiro para aquelas redondezas, sempre que as tardes de Dezembro escureciam prematuramente.
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