sábado, 30 de junho de 2007

O lixo do fim-de-semana...

Acordo ao Sábado, de manhã, para cometer sempre o mesmo erro: comprar os jornais, na esperança de ler e aprender sobre assuntos novos e conhecer mais do mundo que me rodeia. Exceptuando a coluna da nossa Charlotte (que ainda não se acusou se esteve no passado Domingo atenta na secção de música francesa da Fnac do Chiado) e, mais recentemente, os textos do Saraiva (agora por 2,80 adicionais), aquele papel todo que compro, deito fora passado não mais de dez minutos.

Não bastava estar pejado de publicidade o Expresso, como também reparei que o Caderno de Economia agora se transformou numa feira de vaidades (ui, e que vaidades!). Hoje dominavam na capa, contra-capa e etc., as promessas (Promessas? O que é isso? Cá para mim, ou se é ou não é) de empresários (ou merceeiros modernos, porque mais c(r)oquetes) do nosso país. A única coisa que vi, contudo, é que não passavam mais que uns pretenciosos da "banha-da-cobra" a vender o seu produto (quanto terá aquilo custado?). Enfim, regras do mercado a funcionar, mas que dispensaria para as brochuras que são distribuídas aos clientes nos balcões das ditas mercearias mais aperaltadas...

Em seguida, abro o Sol, em busca de luz, e deparo-me com uma entrevista do nosso ex Primeiro-Ministro (que não foi eleito) a desculpar-se mais uma vez por tudo o que fez e o que não fez... Mais uma manobra de publicidade, sabendo que páginas à frente lá constava que o dito recebera do Estado setenta e cinco mil euros, por uma acção, com contornos pouco claros - mas pronto - paguem ao homem para se calar de vez...

Passo e repasso páginas e nada de nada. Olho para o caixote e pronto... Para a semana, tenho de me lembrar para não comprar o jornal. Mas continuo a cometer o erro repetidas vezes.

sexta-feira, 29 de junho de 2007

Filosofia Internacional...



Sem dúvida, um dos melhores...

Argumentação e contra-argumentação...


E eu que tenho um papagaio...




Isto é que é rir. E ainda dizem que os "Gato Fedorento" reinventaram o humor... nem pensar!!! Tudo o que eles fizeram já está feito... há mais de vinte anos...

Talvez uma remodelação governamental?



Hoje estou numa de comédia. Com o fim-de-semana à porta, quem não quer animação?

John Cleese e os alemães...

A História que nunca foi contada...

A propósito da nova lei do tabaco



E esta dos preços mínimos do tabaco votada na AR ainda ontem, que acham?

domingo, 24 de junho de 2007

O quotidiano rotineiro: o início e o fim dos dias


Um passeio ao início da tarde na Fnac do Chiado foi o suficiente para pôr em dia as recentes novidades e apanhar um pouco de ar. Também vi por lá a Ilustre Charlotte (penso que não me enganei, claro). Estava pronta a pagar uns CD's da secção de música francesa, mesmo atrás de mim na mesma caixa. O anonimato tem destas coisas. Não obstante, li um pouco de Juvenal, e, de acordo com os seus conselhos, encontrei isto, sobre a espuma dos dias:

Ipse dies pulchro distinguitur ordine rerum:
sportula, deinde forum iurisque peritus Apollo
atque triumphales, inter quas ausus habere
nescio quis titulos Aegyptius atque Arabarches,
cuius ad effigiem non tantum meiere fas est.
vestibulis abeunt veteres lassique clientes
votaque deponunt, quamquam longissima cenae
spes homini; caulis miseris atque ignis emendus.
optima silvarum interea pelagique vorabit
rex horum, vacuisque toris tantum ipse iacebit.
nam de tot pulchris et latis orbibus et tam
antiquis una comedunt patrimonia mensa.
nullus iam parasitus erit. sed quis ferat istas
luxuriae sordes? quanta est gula quae sibi totos
ponit apros, animal propter convivia natum!
poena tamen praesens, cum tu deponis amictus
turgidus et crudum pavonem in balnea portas.
hinc subitae mortes atque intestata senectus;
it nova nec tristis per cunctas fabula cenas:
ducitur iratis plaudendum funus amicis.

(Juvenal, Sátira I)

Heart Shaped Glasses

Coma White



Foi este clip que me fez passar a gostar de Marylin Manson (com moderação, claro). O tipo é horroroso, mas o solo da guitarra é de arrepiar...

Olissipografia 29








A Rua Áurea sempre foi das mais barulhentas de Lisboa. Hoje em dia, com o eléctrico desaparecido, transformou-se numa via rápida, em prejuízo dos transeuntes. Não obstante, as recordações e memórias que me são transmitidas por quem lá passou e passa não param de me espantar.

Quem não teve alguém na família que exercesse advocacia que não tivesse (e ainda pode ter) um gabinete (em escritórios comuns) arrendado nos prédios da Rua do Ouro? Os andares eram (e são) exíguos, as escadas de acesso escuras, as entradas invariavelmente lojas, dos mais variados ramos de negócio (desde a pastelaria, passando pela ourivesaria, obviamente, até à retrosaria e papelaria).

A rua esteve sempre dividida em duas partes: a parte de baixo, perto do rio, fortemente financeira (com a excepção do Montepio, mais acima), a parte de cima, do comércio e dos causídicos (que abundavam pela proximidade do Tribunal da Boa-Hora e dos seus célebres calabouços).


E quem se recorda da vida, recorda-se da morte. Daqueles profissionais que lutaram nos seus gabinetes até não terem mais forças. Um dos meus tios recorda um colega seu que caíu da sua secretária, num dia normal de trabalho e foi descoberto alguns dias mais tarde, já cadáver. Outro ainda fala-me do causídico que recebia, a horas tardias, clientes femininas no seu gabinete, saindo invariavelmente com um sorriso nos lábios. No 178, vejo um cliente, descontente com a resolução do seu caso em Tribunal, com um revólver na mão apontado para o advogado que, esprituosamente, gritou "atira para o umbigo, pois já tem o buraco feito" (escusado será dizer que o sujeito armado retirou-se, aparvalhado, perante o dito acto de "bravura").

A azáfama da baixa que ainda hoje sentimos (só até às sete da tarde), teria sido maior nos inícios do século XX?

terça-feira, 19 de junho de 2007

Olissipografia 28


Regresso com mais enigmas da olissipografia, agora mais longe do centro. Quem responde primeiro, sabendo que se tratam de fotografias de locais próximos? Bic Laranja, Jansenista, Je Maintiendrai, Miss Pearls?

sábado, 16 de junho de 2007

Olissipografia 27 (a abertura da Avenida da Ribeira das Naus)





Olissipografia 26


Esta foto representa o antigo Arsenal perto do Terreiro do Paço, considerado já acanhado aquando da sua construção, no século XVIII. De facto começou a discutir-se nos círculos de poder dos finais do século XIX, a mudança do Arsenal para a margem sul do Tejo, em local mais amplo. Tal seria concretizado com o início de construção do novo Arsenal do Alfeite, em 1917, cujas obras decorreram até 1932 por conta das reparações de guerra alemãs, o que não deixa de ser curioso.

Descubra as semelhanças...


... com a intervenção de Mário Lino, a propósito do "jamais" da (DES)OTA. Talvez esta tenha menos palavras?

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Honra entre cavalheiros


Hoje assisti a um duelo de cavalheiros. Tinha sido tudo combinado, como manda o preceito antigo: cartas trocadas, ofensas identificadas, havia que determinar o local e a hora. Pois bem, dezoito e trinta, na Ameixoeira. Os padrinhos estavam identificados e a arma era o sabre, sendo o juiz de campo um terceiro imparcial devidamente notificado. O encontro seria curto: o primeiro toque determinaria o vencedor.

A coisa foi de facto bizarra, tratando-se de algo que já está em desuso na sociedade portuguesa, há muito. Mesmo assim os dois intervenientes, ambos licenciados, sabiam disso e não abdicaram desta batalha pela honra. A partida não durou mais do que dois minutos, pois um dos oponentes, mal o juiz de campo abriu as hostilidades, estocou o adversário, dando, em seguida, um valente soco nos queixos do mesmo, que se retirou de imediato. A honra ficou salva e ambos foram para casa, acompanhados pelos padrinhos.

Ainda se vê disto em Lisboa - e ademais tão próximo de mim. Fui o juíz de campo, notificado de manhã, e verdadeiramente imparcial ao problema colocado... Não deixa de ser melindrosa, mas a situação propiciada teve tanto de curioso, como de arcaico...

Rivoli e La Perla

Não gosto dos maneirismos popularuchos do "La Perla", mas tenho que o defender nesta nova exploração do Teatro Rivoli.
Foi de facto triste (e verdadeiramente sintomático do chupismo ainda dominante) ver uns quantos "gatos pingados" pseudo-intelectuais manifestarem-se à porta do Rivoli, contra o novo modelo de gestão privatizado do Teatro, com cara lavada e nova vitalidade.
É precisamente à custa desta mentalidade mesquinha
"de-que-o-serviço-público-deve-ser- pago-pelo-Estado-e-mais-ninguém"
que estamos como estamos, do ponto de vista da despesa pública consolidada das Administrações Públicas.
Enquanto tivermos interesses a minar e a exigir do bolso do Estado tudo e mais alguma coisa estamos bem feitos. E isto não é política nenhuma - é aproveitamento do que deverá ser apenas público e funcional. Ao mercado o que o pertence. De uma vez por todas: o Estado não é a solução de todos os nossos problemas...

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Supercalifragilisticexpialidocious




... uma palavra mágica que os nossos políticos precisariam usar, para mudar de vez esta cloaca dominante ( vídeo não está lá muito bom)...

Mary Poppins 1



Quando é que temos o nosso "La Perla" a fazer uma versão teatral deste musical da minha infância? Quando isso acontecer, avisem-me para pôr-me ao largo...

terça-feira, 12 de junho de 2007

segunda-feira, 11 de junho de 2007

Viagem no tempo

Se tem curiosidade em ver como eram os sites, que hoje conhecemos, há alguns anos atrás, consulte aqui. Muito curioso. Se pensávamos que os arquivos do Ashram estavam perdidos, tudo não passava da mais pura ilusão...

sábado, 9 de junho de 2007

Ideias para uma repartição pública...


(William Pereira, UCI Library, CA)

Hickory House

Estive a trabalhar um pouco, mas Marian McPartland (e o seu trio conhecido de Hickory House) fez-me viajar para outras paragens e sentir o que há de bom na música. Hoje converti-me definitivamente ao "blueish" jazz!

sexta-feira, 8 de junho de 2007

Zodiac



Hoje fui ver este filme. Esperava melhor: muito longo (com partes desnecessárias), argumento lento, sem entusiasmo. Não percebo as cinco estrelas da crítica, ou será que estou a ser esquisito?
No entanto, para os amantes do edifício Transamerica Pyramid, dá para ver a construção (acelerada no tempo) do mesmo, durante 3 minutos imperdíveis!

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Mehldau



Será que o Jansenista aprova este artista?

Sonne

Links 2, 3, 4



Cá vão uns clips para a nossa Charlotte...

"Scorpions" no Beato

Olissipografia 25 -2













... agora a segunda parte da Rua das Amoreiras, antes do "terramoto" da Avenida Duarte Pacheco. Curioso ser actualmente a Rua Professor Sousa da Câmara...

Olissipografia 25 -1







A Rua das Amoreiras: antes ia até à Calçada dos Mestres, agora fica-se pelo Palácio Anadia. Neste primeiro conjunto de fotos, conseguimos ver o que era a parte da rua que ainda existe...

domingo, 3 de junho de 2007

Olissipografia 24











Em complemento ao que o confrade Bic Laranja descreve, aqui vai um périplo fotográfico (perdido já na noite dos tempos) ao longo da Rua de Campolide, desde a Estrada de Benfica (mais precisamente, no local onde localizamos aquele mamarracho da Arq. Olga Quintanilha) até onde sensivelmente encontramos actualmente a Avenida de Berna.
As primeiras duas fotografias reportam-se a uma moradia (que sempre me intrigou) que ainda existe, não obstante o Arquivo da CML catalogá-la como "prédio para demolir".