sexta-feira, 28 de setembro de 2007
Da pirâmide de Maslow
Hoje no regresso à leccionação em aulas de plenário (mais um ano!) descobri que ainda há cursos de economia em que ensinam as virtualidades da pirâmide de Abraham Maslow. Fui investigar o que seria esta estrutura piramidal e deparei-me com a figura acima exposta. C'os diabos! Talvez o nosso guru do Ashram tenha algo a dizer sobre esta hierarquia, mas eu fico rendido - qual a diferença entre a espontaneidade e a intimidade sexual? Porque é que o sexo está no mesmo patamar da excreção? Como é que posso sobreviver numa família se não respeitar os seus membros (será que a violência doméstica é permitida? - se fôr, estou feito) Para mim, perdoem-me a ignorância, esta classificação é muito fajuta... Nem para um curso de lavores femininos!
à(s) 21:22 0 comentários
Farewell...
... meu amigo blogoesférico. Aguardo notícias desse país longíquo...
à(s) 21:16 0 comentários
O país está doido
Tenho de concordar com a Charlotte quando diz que o auto-intitulado "special one" pouco interessa à blogoesfera. Estou-me pouco marimbando para a chegada dele e o nosso PSL fez o correcto - dar uma valente "pilada" nos critérios editoriais de um canal televisivo, com gestão "à portuguesa"...
à(s) 21:09 0 comentários
domingo, 23 de setembro de 2007
Pisca-Pisca
Será que Adolfo Coelho (o pisca-pisca) tinha razão ao dizer que Herculano não passou de um "arqueólogo" e nunca um verdadeiro historiador?
à(s) 22:06 0 comentários
sábado, 22 de setembro de 2007
Red Light District
Já era maior quando visitei, pela primeira vez, Amesterdão. Essa condição, associada ao facto de ainda habitar a casa dos meus pais, não evitou algum desconforto paternal em passar por aqueles bairros. A curiosidade era mais que muita, claro. Num dos périplos, acompanhado dos meus pais, o inevitável aconteceu. A busca de um atalho para chegar à gare central não evitou que entrássemos por aquele bairro adentro.
Confesso que nunca teria coragem de entrar nos ditos establishments... mas caramba: ver não faz mal, aquilo até são montras! Aliás, trata-se de um ponto turístico imperdível, junto com os Coffee Shops... Charlotte, porquê a tristeza, quando afinal são as regras do mercado que por ali imperam?
Confesso que nunca teria coragem de entrar nos ditos establishments... mas caramba: ver não faz mal, aquilo até são montras! Aliás, trata-se de um ponto turístico imperdível, junto com os Coffee Shops... Charlotte, porquê a tristeza, quando afinal são as regras do mercado que por ali imperam?
à(s) 18:27 0 comentários
terça-feira, 18 de setembro de 2007
Olissipografia 39
Este prédio, que fazia esquina com a Infantaria 16 e com a Francisco Metrass lembra-me o que não vivi... e no entanto está tão presente...
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domingo, 16 de setembro de 2007
A banheira da herança do Tio
Não era exactamente uma banheira igual a esta, a que me foi atribuída por herança de meu Tio, recentemente. Não percebi a razão de ser da deixa, mas lá fui eu buscar a banheira, num andar perto da Infantaria 16. Não me lembrei, contudo, que a banheira estava numa casa-de-banho de um parente afastado, que fez uma guerra para não deslocar a dita peça. O momento da dita deslocação heróica, foi acompanhado de invocações do meu Tio, a linhagem que teria passado por aquele esmalte (que já não estava muito alvo) e que era uma grande responsabilidade, etc. O problema foi a falta de cuidado do mancebo que convoquei para me ajudar. Três das quatro "patas" partiram-se, o que elevou mais a ira do parente... Tenho-a num armazém e não sei o que hei-de fazer com a dita herança...
à(s) 14:39 0 comentários
Riley RME (1953)
Ao ler isto, lembro-me de um episódio passado com o meu avô, nos anos cinquenta. Tinha acabado de comprar um Riley RME, novinho em folha e preparava-se para dar o passeio de estreia com a família (como tenho saudades daqueles passeios de estreia!). Antes de apanhar a miudagem em casa, parou na "Aloma" em Campo de Ourique, que, para quem não conhece, é numa esquina da Francisco Metrass. No momento da paragem, ouviu uma travagem de um veículo que se preparava para fazer a curva. A travagem não foi a tempo e o carro embateu na traseira do novíssimo Riley. O enorme estardalhaço e o fumo do capôt do carro traseiro fazia antever o pior para o meu avô. Mas, contrariamente ao esperado, o carro que veio embater ficou com o capôt destruído, mas o Riley permaneceu incólume - tudo porque o pára-choques traseiro era reforçado. Comentário do condutor do veículo amachucado: "Este pára-choques devia ser proibido". Talvez, nos dias de hoje, mas outrora...
à(s) 14:16 2 comentários
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
Komodomys
Chegado de férias descobri que o jardim de minha casa tinha uma colónia de Komodomys (são aqueles ratinhos muito pequenos e irritantes). Chamada uma empresa especializada, tive não só uma lição completa sobre os hábitos destes animais, como também recebi uma lista interminável de restaurantes aonde não ir. Memorizei-a e, em resultado, metade de Lisboa para mim ficou proscrita... pelo menos durante uns tempos.
Acho que os ditos animais desapareceram de vez. Será que para a próxima chamo o gato Varandas da nossa Charlotte?
Acho que os ditos animais desapareceram de vez. Será que para a próxima chamo o gato Varandas da nossa Charlotte?
à(s) 23:21 0 comentários
Chinatown
O meu excesso de produtividade mineira tem-me afastado destas bandas, mas prometo o meu regresso para breve.
Não posso deixar, no entanto, de falar um pouco sobre esta pseudo-controvérsia (será mania minha ou estou a ver tudo muito pseudo?) da proibição de lojas chinesas no eixo Baixa-Chiado. Fala-se em proibição e aparecem logo os oportunistas políticos com o contra-discurso do racismo e da violação da igualdade. Recordo todos esses senhores que não se trata aqui de um problema de discriminação, mas sim de ordenamento e planeamento urbanístico. Não defendo a CML ou quem quer que seja, apenas desejo que haja racionalidade na afectação de zonas nobres da cidade ao comércio. Ou será que queremos uma nova Luanda ou uma cidade da Praia, em que os centros da cidade foram totalmente tomados por lojas chinesas (construídas com material pré-fabricado), com o efeito de afastamento de qualquer tipo de turismo cultural, que ainda vamos tendo?
Não posso deixar, no entanto, de falar um pouco sobre esta pseudo-controvérsia (será mania minha ou estou a ver tudo muito pseudo?) da proibição de lojas chinesas no eixo Baixa-Chiado. Fala-se em proibição e aparecem logo os oportunistas políticos com o contra-discurso do racismo e da violação da igualdade. Recordo todos esses senhores que não se trata aqui de um problema de discriminação, mas sim de ordenamento e planeamento urbanístico. Não defendo a CML ou quem quer que seja, apenas desejo que haja racionalidade na afectação de zonas nobres da cidade ao comércio. Ou será que queremos uma nova Luanda ou uma cidade da Praia, em que os centros da cidade foram totalmente tomados por lojas chinesas (construídas com material pré-fabricado), com o efeito de afastamento de qualquer tipo de turismo cultural, que ainda vamos tendo?
à(s) 22:55 0 comentários
sexta-feira, 7 de setembro de 2007
A guerra dos livros
A Charlotte escandaliza-se, o Jansenista arrepende-se e o Réprobo escama-se. Eu, pelo contrário, fico-me: primeiro, porque não gosto de cadeias de blogues (salvo aquela honrosa excepção da comida), segundo, porque acho que quando escrevemos um livro só aí é que mudamos a nossa vida, quer estejamos perante uma obra literária ou não.
Tenho a confessar que, desde muito jovem, aprendi a seleccionar o que leio, tentando concentrar-me naquilo que gosto especialmente. Ora, isso tem-me custado caro, na medida em que abandono os livros que não me interessam.
É curioso entrarmos presentemente numa livraria moderna e encontrarmos pouca "literatura" de interesse. As editoras teimaram em concentrar os seus esforços financeiros em obras que pouco têm disso e tratam da auto-estima e assuntos quejandos. Quer isto significar que, não discutindo gostos evidentemente, esta pseudo discussão livreira insere-se numa corrente de contra-cultura. Assinale-se, ainda, que muitos dos blogues que mencionam este desgosto pelas obras clássicas escondem muitos desses "escritores" que pululam nos escaparates das livrarias modernas, ou melhor apelidando, das "lixarias modernas".
Pum!
Tenho a confessar que, desde muito jovem, aprendi a seleccionar o que leio, tentando concentrar-me naquilo que gosto especialmente. Ora, isso tem-me custado caro, na medida em que abandono os livros que não me interessam.
É curioso entrarmos presentemente numa livraria moderna e encontrarmos pouca "literatura" de interesse. As editoras teimaram em concentrar os seus esforços financeiros em obras que pouco têm disso e tratam da auto-estima e assuntos quejandos. Quer isto significar que, não discutindo gostos evidentemente, esta pseudo discussão livreira insere-se numa corrente de contra-cultura. Assinale-se, ainda, que muitos dos blogues que mencionam este desgosto pelas obras clássicas escondem muitos desses "escritores" que pululam nos escaparates das livrarias modernas, ou melhor apelidando, das "lixarias modernas".
Pum!
à(s) 00:17 1 comentários
domingo, 2 de setembro de 2007
Silves e D. Sancho I
Estávamos perante um grande Rei. Só tomei consciência disso, quando um amigo de longa data me fez uma visita guiada ao tempo do cerco do Castelo de Silves (nos anos 90 do século XII). Como tinham engenho aqueles "fossados"!
Depois da conquista e destruição da couraça, a mourama esconde-se na alcáçova e seguiram-se quarenta dias de combate entre o Rei e os sitiados.
Um cerco é como a perseguição do galo por uma raposa. Quando o galo, para fugir, trepa a uma árvore, resta à raposa esperar que o galo desça. Enquanto isso, a raposa abana a árvore até à exaustão. Quem se cansa primeiro: a raposa ou o galo? É uma interessante prova de esforço para ambos os lados...
Depois da conquista e destruição da couraça, a mourama esconde-se na alcáçova e seguiram-se quarenta dias de combate entre o Rei e os sitiados.
Um cerco é como a perseguição do galo por uma raposa. Quando o galo, para fugir, trepa a uma árvore, resta à raposa esperar que o galo desça. Enquanto isso, a raposa abana a árvore até à exaustão. Quem se cansa primeiro: a raposa ou o galo? É uma interessante prova de esforço para ambos os lados...
à(s) 00:39 0 comentários
"All"garve
Uma das inúmeras conversas que tive com um cunhado meu alemão tirou-me do sério, durante estes meus dias de retiro algarvio. Perguntou-me ele, depois de ter estado uma semana por aquelas paragens, se o Algarve era a região mais pobre do país. Espantado, e verdadeiramente enebriado pelos postais das praias algarvias, todas com uma areia muito clara e preenchidas com rochas verdadeiramente esculturais, respondi que o Algarve nem estava muito cotado em matéria de pobreza, não obstante a realidade nacional. Não satisfeito, perguntou-me outra vez se estava numa "poor region". Resolvi retorquir e perguntar o porquê daquela insistência. A resposta foi muito clara: como é possível que o Algarve não seja o mais pobre, se nenhum terreno está lavrado, tem agricultura que se veja, a não ser uma alfarrobas aqui e ali? Num ápice os postais do algarve solarengo desfizeram-se e as rochas esculturais desmoronaram-se, para dar lugar, no meu imaginário, a um terreno inóspito, onde o Homem aparece para construir blocos de cimento.
De facto, o Algarve de ontem perdeu-se para sempre... para dar lugar ao Allgarve...
De facto, o Algarve de ontem perdeu-se para sempre... para dar lugar ao Allgarve...
à(s) 00:25 1 comentários
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