sexta-feira, 30 de março de 2007
quinta-feira, 29 de março de 2007
Olissipografia 10 (périplos por uma Lisboa seiscentista)
Passeio-me neste momento na zona da baixa na principal artéria da Lisboa de outrora - a Rua Nova.
Era uma rua comercial - a maior rua comercial da metrópole. No século XVI era considerada a mais elegante de Lisboa, com os seus edifícios admiráveis e as suas ricas lojas. Todas as casas desta rua (que tinha mais de 200 metros) tinham lojas, sobrelojas e, no máximo, quatro andares. Ao longo da Rua Nova, os andares dos edifícios formavam sacada sobre as lojas e sobrelojas, sobre esteios de pedra ou madeira. Assim, a rua era percorrida por colunatas, quer de um lado, quer do outro, que "serviam para comodidade de passagem da gente em tempo de inverno e chuvoso". De acordo com o Tombo de 1755, as colunas e pedestais totalizavam o número de cento e quarenta e nove (ver ainda Inácio Barbosa Machado).
Não obstante esta uniformidade evidenciada, a Rua Nova estava dividida em duas partes (veremos do sentido ocidental para o oriental): a primeira parte, que chamavam correntemente a Rua Nova dos Mercadores, e a segunda parte, a mais célebre, conhecida pela Rua Nova dos Ferros. Os ditos ferros eram uma grades de ferraria dispostas longitudinalmente pelo meio da rua, alegadamente "para isolar o povo miúdo dos altos negociantes e financeiros"(esta descrição data de 1584).
Para os mais curiosos, a rua ficava situada sensivelmente no espaço que ocupa actualmente a Rua do Comércio, que até 1885 teve o nome de... Rua Nova de El-Rei (seria D. Dinis?), vulgarmente conhecida no século XIX como Rua dos Capelistas. Ainda uma nota interessante, que depois remeteremos para outros périplos - a Rua Nova aqui descrita terminava no Largo do Pelourinho, que, ao contrário de hoje, situava-se a nordeste do Terreiro do Paço e não a noroeste.
Neste passeio, consigo apurar que a Rua é pouco luminosa, é cruzada por inúmeras ruas e ruelas, começando pela Rua dos Ourives do Ouro e terminando no já mencionado Largo do Pelourinho. O piso em terra batida faz-me adivinhar o que será em dias de chuva. Ademais, para além das chuvas invernosas, as arcadas ao longo da rua seriam insuficientes para albergar o povo, numa manhã de azáfama comercial. Pobres e ricos cruzavam-se neste célebre entreposto europeu. O cheiro seria nauseabundo, porquanto as habitações, quase todas com vidros partidos (os forasteiros da altura várias vezes fazem queixa deste facto), por cima das lojas e sobrelojas seriam um misto de armazém e de refúgio dos comerciantes, vindos dos vários cantos do mundo - com locações e sub-locações adivinhadas. Quem se prezasse não morava na Rua Nova, apenas por necessidade comercial ou empresarial alguém endinheirado se aventuraria por aquelas redondezas. Não obstante o aspecto demonstrado, a Rua apresentava o esplendor de uma economia pós-medieval em que a oportunidade e a sorte se cruzavam num fórum de liberdade, que nem o século XX sequer conheceu...
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Olissipografia 9
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terça-feira, 27 de março de 2007
Olissipografia 8 (memórias familiares)
Esta capela, na Rua de S. Domingos (à Lapa), traz-me recordações familiares agradáveis. Pertencente à antiga casa do Barão de Porto Covo da Bandeira, de seu nome Jacinto Fernandes Bandeira, faz parte do meu imaginário infantil. Actualmente pertence a um Clube Desportivo fundado pela Juventude Católica nos anos cinquenta, sob o olhar atento do Cardeal Cerejeira. Aí alberga os restos mortais do dito Barão e reza a história que o seu espírito ainda está presente e circula pelos corredores e anexos do Palácio, que conheço como a palma da minha mão (não obstante pertencer ainda à Embaixada Inglesa, na altura em que fiz a exploração).
Conta-se que, no início do século XX, por volta das seis e meia da manhã, um cocheiro aguardava a saída do seu patrão do palacete defronte do dito palácio. Era uma manhã de Janeiro e uma leve neblina cobria a cidade ainda escura. A rua, como acontece ainda hoje na sua madrugada antes da passagem do primeiro eléctrico (o 25), estava silenciosa, e ouvia-se o mais leve passo. A certa altura, o cocheiro olha para a parte baixa, perto das escadinhas que dão para as Janelas Verdes, e vê uma luz, parecida com um candeeiro a petróleo e que andava. Seria alguém que saía de casa àquela hora? A luz aproximava-se e não se via vivalma. Mais de perto reparava-se que era como que um candeeiro suspenso no ar que se preparava para subir a Rua de S. Domingos. Mas não, a luz parou em frente à capela, desceu rente ao chão e transpôs o edifício. Seria o Barão de Porto Covo a regressar a casa, depois de uma volta pela cidade que acolheu as suas especulações financeiras?
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segunda-feira, 26 de março de 2007
Olissipografia 7 (memórias familiares)
Fantasmas há uns mais pesarosos, outros mais serenos e ainda os equidistantes. Não nego que estão presentes. Há uns anos, conduzi um amigo que gosta dessas coisas de espíritos (no lo creo, pero que los hay, hay) ao que fora o meu gabinete de trabalho. Qual não foi o meu espanto quando o convidado referiu que alguém estava presente, para além de nós, mas que não queria mal, apenas vigiava constantemente o que fazia. Um ascendente, indubitavelmente, como me viria a ser confirmado mais tarde (e com os mesmos hábitos noctívagos)... que precisamente tinha trabalhado no local e que tinha uns assuntos por resolver, perdidos no século XIX.
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Schindler connection...
« Antes da criação da Real Fabrica estes terrenos por aqui, entre o Rato e a Rua da Imprensa Nacional (então Travessa do Pombal) até S. Bento faziam parte da Quinta do Morgado dos Soares da Cotovia - a quinta de D. Rodrigo da primeira metade do séc. XVIII e de que adeante falarei.
Fez-se então a fábrica com as suas dependências, vendidas no século passado [i.e. séc. XIX] como já disse. Tudo foi depois parar às mãos de um Francisco Ferrari, de quem transitou para três filhas, duas das quais, que houveram a parte de um sobrinho, filho da outra irmã, casaram uma com o Visconde Silva Carvalho, outra com Guilherme Schindler; foi desta senhora que os imóveis da antiga Real Fábrica passaram para a sua filha, D. Lívia Ferrari Schindler Castelo Branco, e desta para sua filha D. Maria Lívia Schindler Castelo Branco, viúva do estadista João Franco, actual proprietária de tôdas estas edificações, correspondentes á desaparecida fábrica, quer as com frente para a Rua da Escola quer as com frente para o Rato.»
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Ainda a reconciliação de Alfarrobeira
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Condição humana 3
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Condição humana 2
Será que sou eu que ajo ou sou impulsionado por alguém a agir, como se de uma marioneta me tratasse? Penso ou sou pensado? Movimento-me ou sou movimentado? Sou eu que cobro, ou será que alguém me cobra, no infinito?
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domingo, 25 de março de 2007
D. Jaime ou a reconciliação de Alfarrobeira
Os indícios são mais que muitos: a família está lá toda retratada, repare-se que o Infante D. Henrique (ou a figura que lhe é atribuída) predomina uma parte do políptico. De facto, D. Henrique foi um dos defensores do Duque de Coimbra perante a corte inflamada do ainda tenro D. Afonso V. Inclusive a História reza que o Infante, a certa altura, foi atingido pelas calúnias que eram dirigidas ao seu irmão, o Duque de Coimbra.
Aliás, será de assinalar que D. Afonso V não nutria de grande amor pelo seu tio e sogro D. Pedro. E isso vê-se nitidamente quando pediu à Rainha que enviasse uma carta ao seu pai, no qual se advertia que, num conselho recente o Rei resolvera que fossem cercadas as terras de D. Pedro e que fosse aplicada uma de três penas: morte, prisão perpétua ou desterro para sempre fora do reino. Parece-me mais do que evidente que D. Pedro escolheu a morte, não sem antes, e já após uma segunda tentativa de obtenção de um pedido de desculpas, por intermédio da Rainha D. Isabel, acentuar que as desculpas daria não mais por lhe comprazer e prestar mandado do que por lhe parecer razão que assim o fizesse. O ódio estava à vista e a encomenda desta obra, em meados do século XV, tenta apaziguar postumamente a escalada de violência que suscitou a morte injustificada na família.
Repare-se, assim, que o grande problema estava na idade de D. Afonso V - dezassete anos. Depois do confronto de Alfarrobeira, os conselheiros fizeram acreditar que o vencedor teria de permanecer três dias no campo de batalha, por se ter tratado de uma grande batalha campal. À distância, entenderia esse conselho como uma praxe de mau gosto...
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sexta-feira, 23 de março de 2007
Leituras desenhadas
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quinta-feira, 22 de março de 2007
quarta-feira, 21 de março de 2007
Jazz renovado
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Caça-cabeças e cloaca parlamentar
Também percebi que a preocupação principal das partes envolvidas não é o défice, nem a subida/descida de impostos - todos são cúmplices. E depois o exactor é que paga - são anos de experiência a fugir do contribuinte (mais e menos sofisticado), de arma em punho a gritar que "só paga depois de morto".
Deve ser a contenção da despesa e a erradicação dos abusos na/da função pública que devem estar em mente. Há no entanto um limite difícil para o referido "arrancar de cabeças" da cloaca pública - se o Estado se retira bruscamente da economia os efeitos podem ser mais nefastos do que a multiplicação de despesa inútil. Precisamos de uma nova dinastia Brooke?
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terça-feira, 20 de março de 2007
O genocídio de milhões e a espécie humana
"-- Ah ! malheureux ! s'écria le Sirien avec indignation, peut-on concevoir cet excès de rage forcenée ! Il me prend envie de faire trois pas, et d'écraser de trois coups de pied toute cette fourmilière d'assassins ridicules. -- Ne vous en donnez pas la peine, lui répondit-on; ils travaillent assez à leur ruine. Sachez qu'au bout de dix ans, il ne reste jamais la centième partie de ces misérables; sachez que, quand même ils n'auraient pas tiré l'épée, la faim, la fatigue ou l'intempérance, les emportent presque tous. D'ailleurs, ce n'est pas eux qu'il faut punir, ce sont ces barbares sédentaires qui du fond de leur cabinet ordonnent, dans le temps de leur digestion, le massacre d'un million d'homme, et qui ensuite en font remercier Dieu solennellement."
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François Bourgeon para relembrar...
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segunda-feira, 19 de março de 2007
A propósito de criminosos com nome de rua...
De facto, a praça mais importante da capital portuguesa tem o nome de quem a reconstruíu das cinzas. Seria incontestavelmente merecido, não fossem uma parte dos feitos deste Marquês algo sanguinários: lembremo-nos do processo (juridicamente) inconclusivo (mas de facto resolvido) dos Távoras e a política anti-jesuítica (a expulsão data de 1759 - é de estranhar que o ensino oratoriano, introduzido por D. João V, tenha permanecido pacificamente), a fazer lembrar algumas reformas republicanas.
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Juventude na História portuguesa
- Na 1.ª campanha de Ceuta, o Infante D. Henrique tinha 20 anos;
- João Gonçalves Zarco descobriu a Madeira com 24 anos;
- Vasco da Gama começou a viagem na qual viria a descobrir o caminho para a Índia com 28 anos;
- Pedro Álvares Cabral descobriu o Brasil com 32 anos;
- Bartolomeu Dias dobrou o Cabo das Tormentas com 36 anos.
São feitos impressionantes, mas a idade ainda mais. Assinale-se que empreendimentos como estes requereram dos intervenientes mais do que espírito de liderança. A sabedoria e a sensatez eram exigidas para quem ia para o oceano desconhecido, em que a probabilidade de morrer era elevadíssima. Contudo, a juventude é um momento determinante e há que aproveitá-la!
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A bela Francoise Dorléac
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domingo, 18 de março de 2007
O século XX medieval
Quem viveu por cima de um talho só percebeu que, nos dias de então, não era normal ter ratos a circular em casa. E, no entanto, lembro-me como se fosse ontem: as ratoeiras com chouriço (queijo só na banda desenhada), a necessidade de tapar as panelas para não correr o risco de comer carne na sopa de legumes.
Lisboa nos anos setenta estava, de facto, muito atrasada em termos de salubridade e saúde pública.
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Brain Drain
Serão os benefícios fiscais uma solução? É um assunto a pensar, sabendo que a investigação e desenvolvimento está salvaguardada de forma incipiente pelo legislador fiscal português...
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sábado, 17 de março de 2007
Schindler connection
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sexta-feira, 16 de março de 2007
Desilusão...
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quinta-feira, 15 de março de 2007
"Meu querido João...
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Olissipografia 5
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quarta-feira, 14 de março de 2007
Bismarck e a Segurança Social
Tal número não seria de espantar, não fosse a esperança média de vida em finais de oitocentos para além dos 47 anos. Um case study para muitos reformistas dos dias de hoje...
Ainda assim, este espírito reformista valeu-lhe o título de socialista, ao que o próprio respondeu: "Chame-o socialista ou outro nome qualquer, para mim é o mesmo."
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Recordando o II Reich alemão (2)
Und der Königin Luise,
Edelherzig so wie diese,
Kam auf Preußens Königsthron
Fast ein Greis schon, aber stark
Wie an Körper, so an Mut,
Geistig frisch und fromm und gut
Und ein Deutscher bis in’s Mark.
Darum war es auch sein Streben,
Einigkeit dem Volk zu geben,
Und um diese ihm zu schaffen,
Schuf er erst „das Volk in Waffen“,
Worauf er an Oestreichs Seite
– Wie sein genialer Rat
Bismarck ihn beraten that –
Schleswig-Holstein erst befreite,
Das dann zum Zankapfel wird
Und zum Krieg mit Oestreich führt.
König Wilhelm siegte und
Schuf jetzt den „Norddeutschen Bund“. –
Scheel sah drob Napoleon
Auf die deutsche Nation.
Er beschloß, sie zu bekriegen,
König Wilhelm zu besiegen.
Aber der mit Riesenwucht
Wirft im Kampf ihn selbst darnieder
Und erringt als Siegesfrucht
Elsaß und Lothringen wieder,
Welche Frankreich einst geraubt.
Wilhelm selbst, dem Heldengreis,
Setzt All-Deutschland dann als Preis
Seine Krone auf das Haupt.
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Recordando o II Reich alemão
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Bück dich (Curva-te, em alemão)
"Bück dich befehl ich dir
wende dein Antlitz ab von mir
dein Gesicht ist mir egal
bück dich nocheinmal
Bück dich."
O nosso vocalista Till Lindemann quer, chocando, democratizar o conceito de animal: tanto do lado feminino como masculino. Mas atenção aos duplos sentidos muito típicos dos Rammstein (não sou de tabus, nem intolerante - digamos que sou um liberal esclarecido): basta perceber que a expressão Rammstein, para além de ser uma localidade da ex-RDA, significa martelo (ou maço) com ponta de pedra e simultaneamente confunde-se, propositadamente, com a palavra Rammeln, que o meu decoro e educação não me permite explicar que vai para além do verbo fornicar.
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Olissipografia 4
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Bem que isto podia ser hoje...
-Caminhamos para a ruína! Exclama o presidente do conselho – O deficit cresce! O país está pobre! A única maneira de nos salvarmos é o imposto que temos a honra, etc...
Mas então o partido regenerador, por exemplo, que está na oposição, brame de desespero, reúne-se o centro: as calvas luzem de suor, os cabelos pintados detingem-se de agonia: cada um alarga o colarinho na atitude dum homem que vê desmoronar-se a pátria!
- Como assim! Exclamam todos, mais impostos!?”
(Eça de Queiroz e Ramalho Ortigão, As Farpas)
à(s) 01:21 0 comentários
Para quem esteve na natureza Micaelense
Deixai-os vir a mim, os que padecem;
E os que cheios de mágoa e tédio encaram
As próprias obras vãs, de que escarnecem...
Em mim, os Sofrimentos que não saram,
Paixão, Dúvida e Mal, se desvanecem.
As torrentes da Dor, que nunca param,
Como num mar, em mim desaparecem.
Assim a Morte diz. Verbo velado,
Silencioso intérprete sagrado
Das coisas invisíveis, muda e fria,
É, na sua mudez, mais retumbante
Que o clamoroso mar; mais rutilante,
Na sua noite, do que a luz do dia."
Mas ali não há morte, há vida. A não perder, num roteiro mais introspectivo...
à(s) 01:04 1 comentários
Olissipografia 3
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terça-feira, 13 de março de 2007
O Inventário (próprio para exactores)
Um marido afinal ignorante
Dois corvos mesmo muito pretos
Um polícia que diz que garante
A costureira muito desgraçada
Uma máquina infernal de fazer fumo
Um professor que não sabe quase nada
Um colossalmente bom aluno
Um revolver já desiludido
Uma criança doida de alegria
Um imenso tempo perdido
Um adepto da simetria
Um conde que cora ao ser condecorado
Um homem que ri de tristeza
Um amante perdido encontrado
Um gafanhoto chamado surpresa
O desertor cantando no coreto
Um malandrão que vem pe-ante-pé
Um senhor vestidíssimo de preto
Um organista que perde a fé
Um sujeito enganando os amorosos
Um cachimbo cantando a marselhesa
Dois detidos de fato perigosos
Um instantinho de beleza
Um octogenário divertido
Um menino coleccionando estampas
Um congressista que diz Eu não prossigo
Uma velha que morre a páginas tantas
(Alexandre O'Neill)
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À bout de souffle (Godard)
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segunda-feira, 12 de março de 2007
Window Tax
Pelo House and Window Duties Act de 1766, criou-se um imposto anual de 15/5 pence por janela em Inglaterra/Escócia. Não obstante poder ser estabelecida uma isenção de 5 janelas, introduziu-se um elemento de progressividade no imposto.
Assim:
a) para habitações com 7 janelas - 2 dimmes (d) por janela;
b) para habitações com 8 janelas - 6 d por janela;
c) para habitações com 9 janelas - 8 d por janela;
d) para habitações com 10 janelas - 10 d por janela;
e) para habitações com 11 janelas - 1 shilling (s) por janela;
f) mais de 25 janelas - 2 s por janela.
O resultado? Os proprietários emparedaram as janelas de suas casas para usufruírem das isenções ou de taxas reduzidas.
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O tempo será uma ilusão?
Sendo assim, o passado, o presente e o futuro são um mero fragmento da nossa imaginação, construções elaboradas pelo nosso intelecto, por forma a que os eventos não ocorram todos ao mesmo tempo. Quer isto significar que a mera existência humana não é suficiente. Necessitará de um conjunto de elementos coerentes, que só conseguimos atingir pelo recurso ao transcendental.
O tempo é uma realidade transcendental?
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domingo, 11 de março de 2007
Televisão portuguesa à venda (ao desbarato)
Bem, uma coisa é certa, o insucesso escolar e o abandono realiza-se antes da entrada para a primeira classe. Pelo contrário, creio que se tratam de moças contratadas para retratar a ignorância boçal.
Isto é espectáculo estúpido e inútil. De imediato desligo a televisão e sinto-me tentado a atirá-la para um canto...
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sábado, 10 de março de 2007
Intervalo desenhado
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